sábado, 26 de dezembro de 2015

[Melhores de 2015] Melhores artistas

Chegou a hora de revelar os melhores dessa categoria que é, para mim, a mais difícil de escolher. Por isso, após escrever sobre os três escolhidos faço algumas menções honrosas sobre outros artistas, igualmente ótimos.

>>> Brian Bolland


Embora hoje praticamente apenas trabalhe como capista, Bolland no início da carreira trabalhou bastante com a arte interna, sendo responsável pelo menos pela arte de dois clássicos da DC: Camelot 3000 e Batman - A Piada Mortal. Nunca foi conhecido pela sua velocidade, mas seu trabalho é qualquer coisa próxima de primoroso. Bolland tem o completo domínio de anatomia e perspectiva. Isso já se fazia notar desde o seus tempos de 2000 AD, quando começou a chamar a atenção da indústria principalmente por sua passagem pelo Juiz Dredd. Ele fez parte da conhecida "invasão inglesa" de profissionais nos EUA nos anos 80 (ao lado de nomes como Alan Moore e Dave Gibbons) quando foi chamado para trabalhar ao lado de Mike W. Barr na HQ Camelot 3000.

>>> Hugo Pratt

A escolha mais óbvia de minha lista. Hugo Pratt foi um gênio dos quadrinhos, e, como todo gênio, expandiu os limites de sua arte muito além do que se julgava possível a época. Pratt foi a figura central no processo de amadurecimento da arte sequencial européia, na medida em que conferiu legitimidade a todo um movimento que emergia, principalmente na França, puxado por publicações como A Suivre, Métal Hurlant e L'Echo das Savanes. A Balada do Mar Salgado foi a primeira aventura de Corto Maltese e abriu as portas para os álbuns seguintes, todos tidos como igualmente geniais e que terei o prazer de ler nos próximos meses. 

>>> Winshluss


Tanto Hugo Pratt quanto Brian Bolland já eram artistas bastante conhecidos por mim, antes mesmo de ler as obras que os credenciaram a entrarem nessa lista. Já Winshluss era pra mim um completo desconhecido e eu resolvi investir Pinóquio graças as ótimas recomendações que li a época de seu lançamento. Winshluss é nome artístico do francês Vincent Paronnaud, cuja carreira é notabilizada também por ter dirigido, ao lado de Marjane Satrapi, a animação Persépolis, sendo inclusive indicado ao Oscar pelo trabalho. Ele não só é proficiente no lápis como também fez lindas composições em aquarela. Apesar disso, o que mais me chamou atenção em Pinóquio foi a sua inventividade das composições de página, que certamente contribuíram para que angariasse em 2009 o prêmio de melhor álbum do Festival de Angoulême.

Menções honrosas: Alex Ross (Reino do Amanhã), John Cassaday (Os Surpreendentes X-Men), Mike Mignola (Hellboy) e Dave McKean (Violent Cases)

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